terça-feira, maio 06, 2008

Uma tarde num rio do Sul

O nome do rio era Guaíba. Lembro daquela tarde, do pôr-do-sol primeiro de muitos. Conversamos sobre a vida, sonhamos e nos maravilhamos com o nada, ao som da água calma, com a fumaça dos cigarros que acendíamos um atrás do outro devido à falta de fósforos.

Naquele fevereiro de 2002, o desconforto da barraca divida, o acampamento no Parque da Harmonia, as caminhadas pelas ruas de Porto Alegre em busca de uma famosa cachaçaria, o chimarrão, o vinho, o telão de cinema, as dúvidas sobre o futuro, a certeza da existência de muito mais, os shows e todos os acontecimentos daqueles 10 dias eram apenas coadjuvantes de um bem maior que ali nascia.

(escrito em 18.12.2006)

Um comentário:

Deia Vazquez disse...

O nome dela era Gisele. Sempre conversamos sobre a vida e a morte, sonhamos, despertamos e nos maravilhamos com o nada e com o sublime, ao som da água calma e dos mares mais agitados eu cada vez mais me conheci nela e ela em mim.

Naquele outubro de 1999, daquele parede rosa descascada eu a retirei. O desconforto da barraca e das camas dividas, o acampamento no Parque da Harmonia e as estadias em Ouro Preto, Paraty, Londres, Paris e Amsterdam, as caminhadas pelas ruas de Porto Alegre e de Ipanema em busca de uma certa felicidade, o chimarrão, o vinho, o cafe, o mate e a agua com gas, o telão de cinema e os monitores do computador, as dúvidas e as certeza sobre o futuro e o passado, a certeza da existência de muito, mas muito mais, os shows e os livros e todos os acontecimentos desses 9 anos sao apenas coadjuvantes de um bem maior que ja nasceu infinito.