segunda-feira, agosto 07, 2006

First Impressions of London – primeira página do meu diário de bordo

Não perdi mais que cinco minutos na imigração. Chegar na Europa por Londres costuma ser sacal, dizem, mas o inglês bem falado, modéstia às favas, pesou a meu favor. Por conta do cancelamento do meu vôo pra Londres pela KLM, tive que fazer outro check in no aeroporto de Amsterdã. Como se já não bastasse a minha ponte aérea louca - não mais pela Varig como eu, otimista, até dias antes achei que seria. Assim: saída do Rio pelo Santos Dumont (que de nove às onze da manhã permaneceu fechado para pousos e decolagens por conta do mau tempo), chegada em São Paulo por Congonhas, traslado até Guarulhos e, finalmente, Amsterdã, onde, como eu disse, precisei esperar o vôo seguinte, que sairia uma hora depois do previsto.

A Déia me aguardava no Aeroporto de Heathrow. A gente se abraçou do mesmo jeito de sempre, como se os meses de distância não tivessem sido cinco e o tempo de viagem não fosse um oceano. Como se estivéssemos no Galeão de tantas vezes.

Já na estação do metrô, não vendo lixeiras por perto perguntei a um funcionário onde eu poderia encontrar uma. Ele tomou o papel da minha mão e disse que jogaria fora pra mim, pois ali não havia mesmo lixeiras. “Medo de bombas”, me explicou. Welcome to London…

Como eram apenas 5 da tarde, não dormi. Saí pra dar uma volta e, na primeira noite londrina, com direito a gig de grupo desconhecido com vocalista mulher, pensei que preciso começar as aulas de canto assim que retornar ao Brasil, pra concretizar a idéia de formar uma bandinha com o Lu e o Zé Guilherme. Vai ser divertido...

Na sexta-feira, o Dolpho passou pra me buscar. Demos uma volta em Brick Lane, que já se tornou o meu lugar favorito aqui. Concordo com a Déia: é a Lapa de Londres. Lá passei também a noite feliz de sábado, com conversa boa, muitos risos, pessoas bacanas e suor na pista de dança do Vibe Bar. Recomendo.

Amanhã é dia de um reencontro pra lá de esperado. Os meus três amigos ingleses, com quem compartilhei tanta história de meses em Israel e no Egito, chegam amanhã em Londres para se encontrar comigo (nenhum deles vive na cidade atualmente, apesar de um ser londrino). A última vez que nos vimos foi há seis anos atrás. Durante todo esse tempo pensamos em muitos lugares mundo afora para um possível reencontro. Londres, curiosamente, nunca esteve em nossos planos. Que vida mais cheia de surpresas...